Modernização da Linha da Beira Alta e electrificação do troço Covilhã–Guarda são apostas do Governo
As maiores apostas do plano de investimento ferroviário, definido pelo Governo, recaem nos projectos Aveiro-Vilar Formoso, Pampilhosa-Vilar Formoso e na electrificação do troço Covilhã–Guarda. Nestes dois últimos casos, a contratação da construção está prevista para Agosto. No total, o Plano de Investimentos Ferroviários 2016-2020, apresentado na passada Sexta-feira, envolve um pacote de 2,7 milhões de euros, dos quais 95 por cento são fundos comunitários.
Mais de 2,7 mil milhões de euros (dos quais 95% são fundos comunitários) vai ser aplicado nas vias férreas nos próximos seis anos. O Plano de Investimentos Ferroviários 2016-2020, apresentado na passada Sexta-feira pelo ministro do Planeamento e Infra-estruturas, Pedro Marques, funda-se no Plano PETI 3+ e conta com um pacote financeiro composto por fundos comunitários do programa Connecting Europe Facility (CEF) e pelo programa Portugal 2020. A estes pode ainda acrescentar-se o mecanismo EFSI – European Fund for Strategic Investment (Fundo Europeu para Investimento Estratégico) e o contributo das Infraestruturas de Portugal (IP).
Segundo informação divulgada pelo Ministério do Planeamento e Infraestruturas, «a concretização destes projectos, previstos e consensualizados no PETi, representa a aposta clara do Governo na ferrovia e na colocação das infraestruturas ao serviço do desenvolvimento e da economia do país», daí «a prioridade máxima dada aos corredores de mercadorias».
As maiores apostas recaem sobre os corredores internacionais norte e sul. No corredor internacional norte, um dos destaques é o projecto Aveiro-Vilar Formoso, uma obra que custará cerca de 56 milhões de euros e deverá estar concluída no último trimestre de 2020.
O corredor internacional norte inclui ainda o projecto Pampilhosa-Vilar Formoso, a electrificação do troço Covilhã–Guarda, para permitir comboios eléctricos na totalidade da Linha da Beira Baixa (onde não há circulação desde Março de 2009) , e a construção da concordância na Guarda e Pampilhosa. Nestes dois últimos casos, a contratação da construção está prevista para Agosto.
Este corredor visa melhorar a ligação ferroviária do norte e centro de Portugal com a Europa, para viabilizar um transporte ferroviário de mercadorias eficiente, permitindo a articulação entre os portos do norte/centro e a fronteira de Vilar Formoso, promover a interoperabilidade ferroviária com a rede espanhola e a europeia e reduzir os custos de operação da IP da ordem dos 500 mil euros por ano.