Municípios da zona da Guarda fecham dez fronteiras terrestres com Espanha
Os municípios de Almeida, Sabugal e Figueira de Castelo Rodrigo fecharam um total de dez fronteiras terrestres secundárias com Espanha, no âmbito das medidas do Governo para combate à pandemia do Covid-19.
Desde as 23:00 de Segunda-feira que as fronteiras terrestres entre Portugal e Espanha estão sujeitas a controlo por parte das autoridades de ambos os países, passando a existir nove pontos de passagem exclusivamente destinados ao transporte de mercadorias e trabalhadores que tenham que se deslocar por razões profissionais.
Nos três municípios do distrito da Guarda que fazem fronteira com Espanha (Almeida, Sabugal e Figueira de Castelo Rodrigo), as autarquias procederam ao fecho de dez locais de passagem.
No concelho do Sabugal, o município fechou hoje cinco fronteiras secundárias: Batocas-Almedilha, Lajeosa da Raia-Navasfrías, Aldeia do Bispo-Navasfrías, Foios-Navasfrías e Aldeia da Ponte-La Alberguería de Argañán.
Os acessos rodoviários entre os dois países, que surgiram após a abolição das fronteiras, em 1 de Janeiro de 1993, foram «cortados» com a colocação de blocos de cimento e sinalização rodoviária, indicou à agência Lusa o vice-presidente da Câmara Municipal do Sabugal, Vítor Proença.
No município de Almeida, a autarquia procedeu, na Segunda-feira, ao encerramento das fronteiras de Vale da Mula-Aldea del Obispo, São Pedro do Rio Seco-La Alameda de Gardón e antiga fronteira Vilar Formoso/Fuentes de Oñoro.
O vereador Alcino Morgado, com o pelouro da protecção civil no município de Almeida, referiu à Lusa que os acessos rodoviários, até agora livres, foram suprimidos com barreiras físicas e sinalética, mas «com vigilância da GNR». No vizinho concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, encerraram duas passagens de ligação com Espanha: Barca D’Alva-La Fregeneda e Escarigo-Labouza. «Em Escarigo foram colocados blocos de granito e em Barca D’Alva o braço de uma grua com cerca de 10 metros de comprimento», contou à Lusa o presidente da autarquia.
Segundo Paulo Langrouva, as barreiras físicas que impedem a circulação automóvel foram complementadas com «sinalização vertical de encerramento de fronteiras e de proibição de passagem», estando a vigilância dos locais a ser feita pela GNR. «Estamos a articular com a Infraestruturas de Portugal, para tentar substituir as barreiras por blocos de cimento utilizados nas divisórias das autoestradas, que são mais resistentes e invioláveis», indicou.