Novo coordenador do Sindicato dos Professores da Zona Centro na Guarda quer «recuperar algum ânimo» da classe


O novo coordenador da delegação da Guarda do Sindicato dos Professores da Zona Centro, Agostinho Silva, quer «recuperar algum ânimo» à classe profissional. O professor do Ensino Secun-dário, da área das Artes, assumiu recentemente o cargo substituindo o colega que desempenhou aquelas funções nos últimos 20 anos e que foi «chamado para outro desafio». Agostinho Silva quer «nos primeiros tempos ganhar a confiança dos colegas» até porque reconhece que existe «o anátema de que quem está nos sindicatos não faz nenhum».
O professor, que se apresentou aos jornalistas em conferência de imprensa esta Segunda-feira, admite que quando se assume este género de funções acredita-se que «se pode mudar o mundo», mas é uma «grande ilusão». O novo coordenador do SPZC considera que a «profusão de sindicatos» nesta área profissional não é benéfica e entende que «o poder sabe quanto mais houver divisão» melhor. Agostinho Silva assume que o SPZC é um «sindicato moderado», mas garante que não deixará de ser reivindicativo e fazer das causas dos professores uma luta.
Sustenta que a relação com o ensino é «muito complexa» e que a médio prazo podem surgir problemas muito sérios relacionados com a demo-grafia e que é necessário apresentar propostas le-gislativas. Agostinho Silva refere que no futuro deverá ser muito difícil criar turmas de pelo menos 15 alunos no eixo mais interior da Beira Interior. Agostinho Silva sublinha que a prioridade serão sempre os docentes até porque argumenta que «o sindicato existe para a classe». Para os próximos tempos, o Sindicato pretende realizar algumas sessões de esclarecimento com os professores sobre o novo Contrato Colectivo de Trabalho.
A escolha de Agostinho Silva para a coordenação da delegação da Guarda foi explica por Paulo Dias, coordenador da delegação de Seia. O dirigente disse que colocada a questão sobre a sucessão, os membros da direcção distrital do Sindicato decidiram «de forma pacífica» endereçar o desafio a Agostinho Silva. Paulo Dias evidenciou a importância da actividade dos sindicatos em apresentar propostas para tentar resolver os problemas que vão afectar a classe. «Sei das dificuldades de quem governa para resolver isto. Mas há medidas que se podem tomar», refere. O professor alerta que «não é justo que as regras sejam as mesmas para criar turmas aqui ou no Porto ou em Lisboa».
EG