Obras de reabilitação da Dorna adjudicadas à empresa Biosfera
As obras de reabili-tação da zona da Dorna e envolvente vão ser realizadas pela empresa de Pinhel “Biosfera”. A decisão do júri foi ratificada na última reunião de Câmara, realizada a 24 de Outubro. Os trabalhos vão ser adjudicados por 323 mil euros mais IVA. A intervenção abrange o eixo entre a fábrica Tavares, onde vai ser construída uma nova rotunda, e a rotunda do serviço de Finanças. «Vai ser mais uma grande requalificação», anunciou o presidente Álvaro Amaro em Agosto, no dia em que o executivo aprovou o lançamento do concurso público. Na altura, o autarca disse que a obra deverá estar concluída até ao Verão. A intervenção mereceu a provação dos vereadores do PS na Câmara Municipal, que já tinham defendido a construção de uma rotunda naquela zona para facilitar o trânsito no cruzamento entre as avenidas Afonso Costa e Francisco Sá Carneiro.
Na mesma reunião, o executivo aprovou as obras na curva do Facheiro no valor de 129 mil euros.
Na intervenção da zona da Dorna está incluída o projecto que os guardenses escolheram como destino dos 20 mil euros previstos no Orçamento Participativo. A escolha foi feita entre três projectos, restando ainda a requalificação da capela do Solar dos Póvoas e a criação de um espaço jovem no Parque Municipal.
O Chafariz da Dorna, classificado como imóvel de interesse público, está escondido nas traseiras de uma estação de serviço da Avenida Francisco Sá Carneiro. Quem não conhecer a cidade e passar por aquela Avenida não se apercebe da presença daquela construção em granito, encimado por um brasão real joanino de feição neo-gótica. É preciso descer à cota inferior da estrada pelo que resta da calçada romana ou seguir as placas das rotas pedestres para dar conta do Chafariz. Nos últimos anos, o local tornou-se mais visível aos guardenses, pelo menos para aqueles que residem nas habitações recentemente construídas naquela zona e que utilizam o espaço como passagem.
Nos últimos anos falou-se algumas vezes na possibilidade do espaço ser requalificado, mas as ideias não passaram de meras intenções. Tanto como vereadora como presidente da Câmara, Maria do Carmo Borges afirmou várias vezes que era uma «prioridade» para a autarquia, até porque a Câmara «estava virada para os valores arquitectónicos e de certeza absoluta seria uma das partes contempladas». Mas a estratégia mudou e em 2007 é colocada a hipótese do imóvel ser requalificado por privados integrado num projecto de loteamento. O projecto elaborado por dois arquitectos, um historiador e um restaurador ainda deu entrada na Câmara, mas viria a ser recusado.
Mais tarde, a requalificação do Chafariz viria a ser mencionada no Plano Estratégico e de Desenvolvimento da Comunidade Urbana das Beiras. Era um dos projectos listados para o concelho da Guarda. Recorde-se que posteriormente a Comuni-dade Urbana das Beiras viria a ser fundida com a Comu-nidade da Serra da Estrela sendo elaborado um novo plano estratégico do qual já não faz parte aquele projecto, apesar de estarem incluídos projectos a nível do patri-mónio.