Petições contra a caça na Serra da Malcata já somam mais de três mil assinaturas

Duas petições na Internet que exigem o fim da caça na Reserva Natural da Serra da Malcata (RNSM) somavam, às 14:30 de hoje, 3.165 assinaturas, verificou a agência Lusa nas respectivas páginas.
A maioria das assinaturas (2.720) foi recolhida pela petição intitulada “Erradiquemos definitivamente a caça na Serra da Malcata”, enquanto as restantes (445) estão reunidas na petição “Salvemos a Serra da Malcata”.
As duas petições foram lançadas depois de o Ministério do Ambiente ter revogado uma portaria que proibia a caça na zona sul da RNSM, decisão que a Quercus contestou publicamente no dia 12, considerando que a decisão pode pôr em causa a preservação de determinadas espécies e a recuperação de outras, e acusando o Governo de ceder ao lóbi da caça.
Posteriormente, o PAN, os Verdes, o BE também já vieram contestar tal decisão que, refere o PAN, representa um “retrocesso civilizacional”.
Além disso, foram também lançadas as referidas petições públicas que pedem a revogação da nova portaria de modo a voltar a proibir a caça na Serra da Malcata. Dirigida ao Presidente da República, ao presidente da Assembleia da República, ao director do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas, aos Verdes e ao PAN, a petição mais assinada sublinha que os signatários estão “frontalmente contra esta opção do Governo”.
Sustentam que a mesma “pode colocar em causa a recuperação de várias espécies presa que se encontram a recuperar na zona, como o corço, o veado ou o coelho, e ainda de espécies em perigo como o lince, o lobo ou o abutre-preto”.
“Esta decisão carece de qualquer fundamentação científica, não se conhecendo até à data nenhum estudo sobre as populações de espécies que possam vir a ser exploradas cinegeticamente”, acrescentam, reiterando que tal também representa “um aumento do risco para o Plano Nacional de Reintrodução do Lince Ibérico”.
Na petição “Salvemos a Serra da Malcata” – que é dirigida ao Presidente da República, ao presidente da Assembleia da República e ao primeiro-ministro – é exigida a revogação da portaria em causa, bem como que a proibição de qualquer actividade cinegética seja alargada a toda a RNSM.

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