Politécnico da Guarda tenta segurar licenciatura de Design de Equipamento
Terminada a segunda fase de colocações no Ensino Superior, o Politécnico da Guarda tem uma taxa de ocupação de 65 por cento. Ainda restam 222 vagas e há dois cursos que permanecem vazios. O presidente Constantino Rei defende que a situação é «positiva» e que a entrada de novos alunos através dos concursos especiais vai melhorar a ocupação dos cursos menos procurados. A preocupação é a licenciatura de Design de Equipamento que terá de conseguir pelo menos 10 novos alunos para que seja possível manter-se no próximo ano.
O Instituto Politécnico da Guarda preencheu 65 por cento das vagas para novos alunos nas duas fases do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior. O presidente Constantino Rei defende que a situação é similar à do ano passado e até «é positiva», mesmo com «espectro» de dois cursos de Engenharia sem alunos. É que ainda falta a terceira fase de colocações, cujo prazo de candidaturas ainda decorre, e contabilizar a entrada de alunos através dos concursos especiais. Tendo em conta os dados de que dispõe, o dirigente explica que alguns cursos vão aumentar a taxa de ocupação. O problema está no curso de Design de Equipamento, que tem apenas sete alunos colocados e que necessita de atingir «o número mágico de 10», como diz Constantino Rei, para que no próximo ano possa ser autorizado o seu funcionamento. Em relação às licenciaturas de Engenharia Topográfica e Engenharia Civil não se coloca para já esse problema, pois as normas em vigor determinam que um curso deixa de poder funcionar se tiver menos de dez anos alunos dois anos consecutivos, o que não é o caso.
Constantino Rei recusa a possibilidade de alterar a designação dos cursos que são menos procurados ou de acabar com eles e criar outros novos. O dirigente sustenta que «o resultado tem sido desastroso» nos casos em que se optou por essa solução. «Mudar de nome ou fazer uma mudança cosmética não vai resolver», sustenta. Por exemplo no caso de Engenharia Civil, o presidente do IPG defende que se deve lutar por manter o curso em funcionamento, até porque a instituição tem laboratórios e tem pessoal docente para leccionar aquela formação.
Escola de Turismo
com vagas em todos os cursos
Terminada a segunda fase de colocações, o Instituto Politécnico da Guarda (IPG) ainda tem 222 vagas para novos alunos, de um total de 676 disponibilizadas no início do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior. Ainda há lugares em todas as quatro escolas do IPG e dois cursos permanecem vazios. As licenciaturas de Engenharia Civil e Engenharia Topográfica não conseguiram colocar qualquer candidato. Em conjunto têm 50 vagas. Na Escola Superior de Tecnologia e Gestão, o curso de Energia e Ambiente registou também uma baixa procura tendo colocado apenas dois novos alunos nas duas fases. Nesta escola e após as duas fases de colocações ficaram cheios os cursos de Gestão e Marketing. Na Escola Superior de Comunicação e Desporto ficou completa a licenciatura de Comunicação e Relações Públicas, mas ainda há lugares nos outros quatro cursos ministrados naquele estabelecimento de ensino. O curso de Animação Sócio-Cultural só conseguiu ocupar duas vagas das 23 colocadas a concurso. Educação Básica ainda tem 15 vagas, Desporto 6 e Comunicação Multimédia 9 lugares.
O curso de Enfermagem da Escola Superior de Saúde voltou a encher depois de terem sido libertadas algumas vagas não aproveitadas pelos alunos colocados na primeira fase. Não formalizaram a respectiva matrícula e os lugares reverteram para a segunda fase. A licenciatura de Farmácia é que continua com lugares por preencher (7).
A Escola Superior de Turismo e Hotelaria, em Seia, é a única que não tem qualquer curso cheio. Há vagas nas três licenciaturas. Em Gestão Hoteleira ainda há 15 lugares, Restauração e Catering tem 19 e Turismo e Lazer 6 vagas.
Elisabete Gonçalves
elisagoncalves.terrasdabeira@gmpress.pt