Politécnico da Guarda utiliza plantas da Serra da Estrela para prevenir e tratar diabetes
O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) vai utilizar produtos naturais derivados de plantas do Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE) para desenvolver suplementos alimentares para a prevenção e tratamento da diabetes.
O estudo será desenvolvido no âmbito do projecto Pharmastar, em colaboração com o Instituto Superior Técnico (IST) e a Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (FFUL). A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) irá colaborar nos ensaios a realizar para aferir a viabilidade das novas formulações. «A diversidade botânica do PNSE ainda está pouco estudada, mas trata-se de um eco-sistema natural rico em compostos bioactivos com elevado potencial antidiabético», afirmou Luís da Silva, investigador responsável pelo projecto no IPG. Segundo o responsável, serão desenvolvidas «formulações de base natural para serem colocadas no mercado, utilizando princípios bioativos de plantas endógenas da Serra da Estrela».
«Serão utilizados como excipientes, agentes de libertação modificada obtidos de extratos e fitoquímicos da bolota do carvalho, sobreiro, azinheira e da própolis, uma substância resinosa recolhida das abelhas com propriedades antibacterianas», adiantou.
O projecto Pharmastar terá um orçamento de mais de 300 mil euros, em parte financiado pelo programa Promove da Fundação “la Caixa”, uma parceria com a Fundação para a Ciência e Tecnologia destinada à dinamização das regiões do Interior de Portugal.