Presidente do Politécnico da Guarda descontente com novo ministro por manter cortes aos orçamentos das instituições

ministro da Ciência e do Ensino Superior, Manuel Heitor, transmitiu aos dirigentes das universidades e dos politécnicos que o «esforço de contenção orçamental terá de continuar». O que significa que não deverá haver aumento das verbas atribuídas às instituições. O “plafond” orçamental para as instituições de ensino superior em 2016 vai ser exactamente igual ao de 2015.
A notícia deixou descontente o presidente do Instituto Politécnico da Guarda, Constantino Rei, uma vez que o actual orçamento, que sofreu um corte de 500 mil euros, é curto e tem criado algumas dificuldades à instituição. Em declarações à Radio F, Constantino Rei revelou que o Politécnico teve dificuldades em pagar os salários de Dezembro aos professores e funcionários. Só foi possível cumprir os compromissos porque houve um reforço financeiro atribuído pelo anterior governo após vários alertas para a gravidade da situação.
As universidades deverão receber 702 milhões de euros, o que corresponde ao orçamento inicial de 2015 mais as reposições. Os institutos politécnicos deverão receber 297 milhões de euros. O presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Politécnicos, Joaquim Mourato, admite que as instituições necessitavam «de pelo menos mais cinco milhões para que o plafond fosse suficiente para todas as instituições». Por não ser possível fazer reforços orçamentais, tal como aconteceu no ano passado, a tutela decidiu criar uma equipa de controlo financeiro, em parceria com o Instituto de Gestão Financeira e com representantes do CCISP e do CRUP, que deverá reunir já este mês, para acompanhar as instituições em dificuldades.
O ministro terá reconhecido nas reuniões que manteve a semana passada com os membros do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) e com os elementos do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores que o actual orçamento «não o satisfaz», prometendo que em 2017 poderá haver melhores notícias. O governo pretende definir o orçamento anualmente, embora com objectivos plurianuais para que as instituições possam deixar de navegar à vista e planear as suas actividades. O ministro comprometeu-se a criar um grupo de trabalho para preparar essa alteração e a reforçar o apoio social aos estudantes mais carenciados.
O ministro Manuel Heitor, prometeu ainda dar mais autonomia para as universidades e os institutos politécnicos para que possam procurar novas formas de financiamento. «O que queremos é conferir mais autonomia às instituições para lhes dar mais responsabilidade, para terem maior capacidade de atração de receitas, diversificando os fundos e as formas de se financiarem», afirmou, assinalando que o sector «não se financia apenas com fundos nacionais, mas também com fundos europeus e privados», disse após a primeira reunião com os membros do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP). No dia seguinte reuniu com elementos do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP).

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