PS acompanha propostas de BE e PCP pela gratuitidade de contas de depósito bancárias

O grupo parlamentar do PS anunciou hoje que vai aprovar na generalidade as propostas de BE e PCP para impor à banca a disponibilização de “contas-base” aos clientes sem cobrança de comissões de manutenção e outras.

Os projetos de lei de bloquistas e comunistas, apresentados em sessão plenária do parlamento, preveem “a gratuitidade da conta-base” e impedem “cobrança de comissões, despesas ou outros encargos pelos serviços prestados”.

“O PS sempre se pautou por princípios de transparência, proporcionalidade e boa-fé e estas propostas vão ao encontro do que se pratica noutros países da Europa, como a França ou a Itália”, assumiu a deputada socialista, prevendo melhoramentos nos diplomas em sede de especialidade, além de condenar custos excessivos que são atualmente praticados pela banca e podem “chegar a atingir 75 euros”.

O parlamentar social-democrata Carlos Silva classificou o debate como “mais uma discussão de opção ideológica”, recordando que já foram legisladas as “contas de serviços mínimos bancários” e lamentando que BE e PCP não apresentem “qualquer avaliação do impacto” das medidas.

“Não favorecemos a ‘política do não pagamos’. Qualquer dia, até o distribuidor de pão que deixa o pão lá em casa também é de borla porque é um bem de primeira necessidade”, ironizou, enquanto a democrata-cristã Cecília Meireles aconselhou a maioria de esquerda a aplicar a iniciativa ao banco público (Caixa Geral de Depósitos) e, assim, “talvez a concorrência (restantes bancos) se adaptasse, “em vez de consagrar a conta-base gratuita”.

O bloquista Paulino Ascensão defendeu a iniciativa da sua bancada, invocando que “os portugueses pagaram duas vezes os custos da banca, como contribuintes, com os sucessivos resgates, e como consumidores, argumentando que “a banca deveria cumprir a sua função de serviço público” e não, “em plena crise económica, carregar nas comissões para assegurar níveis mínimos de rentabilidade”.

“Uma conta bancária é cada vez menos uma opção e cada vez mais uma necessidade. A baixa rentabilidade da banca, em função da crise, tem feito com que os bancos apostem na cobrança e apropriação de parte das poupanças dos seus clientes, um esbulho… metade do produto bancário é obtido através destas comissões, que não correspondem a operações, mas a um preçário aleatório estabelecido em regime de cartelização”, acusara o comunista Miguel Tiago.

 

O website do Terras da Beira utiliza cookies para melhorar e personalizar a sua experiência de navegação. Ao continuar a navegar está a consentir a utilização de cookies Mais informação

The cookie settings on this website are set to "allow cookies" to give you the best browsing experience possible. If you continue to use this website without changing your cookie settings or you click "Accept" below then you are consenting to this.

Close