PSP da Guarda continua à espera de uma solução para as instalações

É já uma tradição falar-se da necessidade de novas instalações para o comando da PSP cada vez que aquela força de segurança celebra mais um aniversário. Na passada Terça-feira, o assunto voltou a marcar os discuros proferidos na cerimónia comemorativa do 132º aniversário. O comandante distrital, Salvado Lopes, e o presidente da Câmara da Guarda, Álvaro Amaro, evidenciaram a necessidade de ser encontrada uma solução, bem como o reforço de recursos humanos.
O autarca da Guarda aproveitou a presença do director nacional da PSP, Luís Farinha, para informar que a Câmara está disponível para cooperar financeiramente. «O que eu gostaria era que se aliviasse um pouco este sentimento do comandante da PSP», salientou Álvaro Amaro.
Em resposta, o director nacional afirmou que a preocupação que existe agora é «manter as instalações com condições de trabalho mínimas». «Relativamente a uma solução futura, depende de um conjunto de condicionantes, entre as quais a questão financeira», acrescentou Luís Farinha.
Adiantou que aproveitava a visita à Guarda para «fazer uma reavaliação mais profunda» da situação e, «a partir daqui, poderem-se projectar, em conjunto com a tutela, aquilo que sejam as soluções a encontrar para as instalações». Luís Farinha escusou-se, no entanto, a falar das alternativas que têm sido apontadas nos últimos anos, dizendo apenas que «é um processo que está em avaliação para encontrar a melhor solução».
De recordar que em Abril, dois dirigentes de dois sindicatos de Polícia defenderam a necessidade de o Governo alojar o Comando Distrital da PSP da Guarda em novas instalações que proporcionem «todas as condições» aos profissionais e aos cidadãos.
O Comando da Guarda da PSP ocupa cinco locais na cidade, sugerindo os dirigentes do Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPPPSP) e da Associação Sindical Autónoma de Polícia (ASAPOL), que reuniram com o deputado do PS Santinho Pacheco, a mudança e a concentração dos vários serviços no antigo edifício da Infraestruturas de Portugal, que se encontra devoluto. «As [actuais] instalações são exíguas e não são funcionais», disse à agência Lusa o sindicalista Rui Martins, do SPP-PSP, lembrando que, para além do edifício do antigo Governo Civil, a PSP tem uma esquadra de trânsito e outra de investigação em locais distintos, bem como duas garagens.
O sindicalista referiu que «perdida a hipótese» da acomodação da PSP nas instalações do Instituto Português do Desporto e Juventude e no recinto onde se encontra a GNR, «o sítio exequível e que pode dar melhores condições» é o da antiga sede dos serviços locais da Infraestruturas de Portugal. O espaço apontado pelos sindicatos tem «todas as condições, não só para profissionais de polícia como também para os cidadãos», referiu Costa Lopes, da ASAPOL.
O deputado do PS Santinho Pacheco, que recebeu em audiência os representantes dos dois sindicatos da polícia reconhe-ceu, em declarações à agência Lusa, a existência do «proble-ma das instalações e de falta de condições da PSP».
Explicou que, no passado, foi dito que a solução passava pela mudança da GNR para outro local e pela construção de novas instalações para a PSP naquele sítio, mas «tudo está na mesma».
Em sua opinião, e após ouvir a sugestão dos sindicatos, é necessário dialogar com o Ministério da Administração Interna para se iniciar «um processo que seja irreversível». «Deve avançar-se desde já para uma solução definitiva, seja ela para ocupar edifícios na cidade, quer para a construção de um edifício de raiz», defende.

O website do Terras da Beira utiliza cookies para melhorar e personalizar a sua experiência de navegação. Ao continuar a navegar está a consentir a utilização de cookies Mais informação

The cookie settings on this website are set to "allow cookies" to give you the best browsing experience possible. If you continue to use this website without changing your cookie settings or you click "Accept" below then you are consenting to this.

Close