Realização de TAC’s no Hospital da Guarda suspensa para esclarecer suposta fuga de radiação

A realização de TAC’s (Tomografia Axial Computorizada) no Hospital da Guarda está temporariamente suspensa até que seja esclarecida a suposta fuga de radiação no serviço de Imagiologia. Em conferência de imprensa, o presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde da Guarda, Carlos Rodrigues, garantiu que a situação não oferece qualquer «perigosidade» nem para os utentes nem para os profissionais daquele serviço. O problema está no vidro de observação, entre a sala onde se encontra o técnico e a sala onde o doente realiza o exame, que está a deixar passar alguma radiação. Como já foi comprovado pela empresa que procede às medições dos dosímetros dos técnicos, junto ao vidro a radiação regista valores mais elevados do que os níveis considerados normais. Carlos Rodrigues adiantou que o vidro irá ser substituído e que a situação terá de ser esclarecida para apurar eventuais responsabilidades. Entre a zona onde o técnico comanda o equipamento e o vidro em causa existe uma mesa, o que impede um contacto mais próximo com a suposta fuga de radiação.
A situação está a ser avaliada pela empresa que regularmente analisa os dosímetros, bem como pelo Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH). Carlos Rodrigues explicou que foi decidido pedir uma avaliação mais pormenorizada às duas entidades para «haver uma transparência completa». A maior parte dos exames estão a ser realizados por um empresa privada na Guarda, havendo algumas situações excepcionais em que o TAC é usado.
A decisão de suspender a realização dos TAC’s foi tomada no final da semana passada depois dos técnicos terem alertado a administração para a possível existência de radiação no serviço. A situação foi despoletada após o anúncio de gravidez de uma técnica. Ao terem conhecimento da situação da colega os técnicos fizeram um teste rudimentar que terá levantado dúvidas. Após o alerta, o director clínico mandou encerrar o espaço «por precaução» e solicitou-se à empresa que procedesse à análise dos valores. Carlos Rodrigues explicou que junto ao vidro, e apenas naquela zona da sala, foram registados valores com «algumas décimas» acima do considerado normal.
Os técnicos têm dosímetros que registam a radiação e são vistoriados de três em três meses para avaliar o níveis a que os profissionais estão sujeitos. A administração assegura que nunca foram registados valores anormais nos dosímetros. Sobre a possibilidade de os técnicos do serviço realizarem exames de saúde, o presidente da ULS da Guarda acredita que «não há evidências de qualquer situação que afecte a saúde». A TAC está a funcionar no hospital da Guarda desde 2014.
EG

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