Regulador da Saúde quer que ULS da Guarda acabe com atrasos na comunicação de óbitos

A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) emitiu instruções para que a Unidade Local de Saúde da Guarda e o Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, garantam «especial cuidado» e celeridade na comunicação de óbitos a familiares.

A ERS divulgou hoje deliberações tomadas durante o primeiro trimestre de 2022, resultantes de queixas apresentadas por utentes, entre quais situações relacionadas com o atraso na comunicação da morte do doente à família.

Uma das reclamações analisadas relata a situação ocorrida na Unidade Local de Saúde da Guarda, em que a reclamante alega que o seu pai, com 83 anos, estava ali internado, tendo morrido no dia 21 de Janeiro de 2021. Contudo, o óbito só foi comunicado à família no dia seguinte.

Segundo a reclamante, no dia 21 de Janeiro de 2021, a família já tinha feito várias tentativas de comunicar com a ULSG. O Hospital «não quis dar informação relativa ao estado de saúde do meu pai e disseram-me para ligar para o lar pois talvez o hospital lhes tivesse comunicado algo».

Refere ainda que, no dia seguinte, o seu irmão conseguiu falar, primeiro com uma enfermeira e depois com um médico, que o informou que o seu pai tinha falecido no dia anterior.

A ULSG esclareceu o seguinte: «[…] o período referido representou, dada conjuntura pandémica vivida, tempo de fortes constrangimentos e dificuldades no atendimento e informação nas unidades de saúde, porquanto, devido à grande afluência de doentes ao Serviço de Urgência, devido à covid-19, bem como à escassez de recursos humanos e logísticos, verificamos algumas falhas na comunicação com os familiares. A ULS Guarda [lamenta] os constrangimentos associados».

Perante estas situações, a ERS emitiu instruções às referidas unidades de saúde no sentido de «garantir, em permanência, que na prestação de cuidados de saúde são respeitados os direitos e interesses legítimos dos utentes e dos acompanhantes, assegurando, por um lado, que aqueles cuidados são prestados de forma digna, humana e com respeito pelo utente e, por outro, que os acompanhantes são devidamente informados, em tempo razoável, sobre a situação do doente nas diferentes fases do atendimento, garantindo especial cuidado, celeridade e correção na comunicação de informação sensível, como a de óbito de um familiar».

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