Subsídios aos bombeiros do concelho da Guarda definidos em função de seis critérios

SONY DSC
Os valores dos subsídios que a Câmara Municipal da Guarda vai atribuir aos bombeiros do concelho, cuja proposta deverá brevemente ser aprovada pelo executivo, foram definidos com base em seis critérios. De acordo com a proposta elaborada pelo vereador Sérgio Costa, a divisão dos 52.500 euros definidos para as associações humanitárias da Guarda, de Gonçalo e de Famalicão da Serra foi feita tendo em conta as respectivas áreas de intervenção, o número de ocorrências, a população abrangida, o parque de viaturas e o corpo activo e comando.
A cada um dos critérios foi atribuída uma percentagem. Os cálculos começaram a ser feitos com 20 por cento do total da verba, correspondente a 10.500 euros, repartido para cada associação, cabendo 3.500 euros a cada uma. Outra parte de 15 por cento foi repartida em função da população abrangida. Aos bombeiros da Guarda, que servem uma população de 39576 habitantes (dados de 2011), correspondeu uma verba de 7.323,75 euros. Aos bombeiros de Gonçalo, que servem 2350 habitantes, coube uma verba de 472,50 euros e aos Bombeiros de Famalicão que servem 655 habitantes uma verba de 78,75 euros. Pela área de intervenção, que para o cálculo tem uma ponderação de 20 por cento da verba total, os bombeiros da Guarda recebem 9.030,00 euros, os de Gonçalo 1.260 euros e a corporação de Famalicão 210 euros. Outros 20 por cento da veba total é atribuído em função das ocorrências. Nesta divisão, os bombeiros da Guarda têm direito 6.212,04 euros, tendo em conta 862 ocorrências; os de Gonçalo recebem 779,56 euros, por lhes serem apontadas 108 ocorrências e os de Famalicão 873,40 euros, por 121 ocorrências, dados que constam da proposta apresentada pelo vereador. O parque de viaturas tem uma ponderação de 15 por cento. Neste critério foram apenas contabilizadas as viaturas de socorro e de apoio, ficando de fora as ambulâncias. Pelas 16 viaturas, os bombeiros da Guarda têm direito a 4.095 euros; os bombeiros de Gonçalo com 9 viaturas têm direito a 2.283,75 euros e a corporação de Famalicão por 6 viaturas recebem 1.496,25 euros. O valor do corpo activo e comando representa 15 por cento da verba total. Os bombeiros da Guarda com um corpo activo composto por 97 elementos recebe 3.999,35 euros, Gonçalo que tem 49 elementos recebe 2.020,29 euros e Famalicão pelos 45 elementos tem direito a 1.855,37 euros.
Feitas estas contas, a corporação da Guarda recebe 34.170,14 euros; Gonçalo tem direito a 10.316,10 euros e Famalicão a 8.013,76 euros. Recorde-se que o valor atribuído este ano é o triplo do montante concedido no ano passado pela Câmara Municipal da Guarda. Os dirigentes queixaram-se que a verba atribuída em 2015 era insuficiente, mas o presidente da Câmara, ÁlvaroAmaro justificou que eram os valores possíveis a atribuir a uma autarquia em saneamento financeiro.
Na proposta, o vereador Sérgio Costa refere que as associações humanitárias «se debatem actualmente com grandes dificuldades, resultantes quer da falta crónica de meios financeiros agravada pela actual crise económica que se tem vindo a atravessar, quer fundamentalmente da inexistência de programas de financiamento vocacionados para a sua área de intervenção». O autarca defende ser necessário reconhecer o serviço público que prestam e apoiar através de atribuiução de subsídios «que auxiliem, possibilitem e viabilizem a promoção e salvaguarda do cumprimento dos seus fins».