Trancoso presta apoio psicológico a familiares das vítimas e do empresário

A Câmara de Trancoso está a prestar apoio psicológico a familiares de uma das vítimas mortais do acidente ocorrido em França, e também à família do proprietário do veículo e do condutor que foi o único sobrevivente.
O presidente da autarquia, Amílcar Salvador, esteve na tarde de hoje na aldeia de Palhais, acompanhado pelo vereador da ação social, Humberto Almeida, e por duas psicólogas do município.
Naquela localidade, que dista 14 quilómetros de Trancoso, o autarca contactou com os pais do proprietário da viatura envolvida no acidente, que são também avós do condutor, de 19 anos, e cunhados de uma das vítimas mortais, João Santos, de 61 anos.
Segundo o autarca Amílcar Salvador, João Santos, que tinha como destino a aldeia de Palhais, onde tem uma casa de habitação, viajava na companhia de uma irmã, Amélia Santos, 57 anos, e do marido desta, José Manuel, 58 anos, que são naturais de Arnas, no vizinho concelho de Sernancelhe, distrito de Viseu.
O presidente da autarquia de Trancoso disse à agência Lusa que “a primeira palavra da parte da Câmara Municipal vai para todas as famílias enlutadas devido a todas as pessoas que efetivamente faleceram neste acidente”.
“Nesta hora de luto e de dor e de sofrimento queremos deixar essa palavra a todas as famílias e obviamente que, sendo o empresário envolvido nessa tragédia e também o jovem Ricardo [o condutor] que sobreviveu, sendo natural daqui e pertencendo aqui, tendo muitos familiares e amigos aqui em Palhais, no concelho de Trancoso, naturalmente que tentamos nesta hora difícil para eles, prestar o apoio possível, o apoio psicológico e sobretudo dar-lhe algum conforto, o conforto possível, nesta hora de tristeza, de luto e de dor”, afirmou.
Amílcar Salvador assegurou que o seu município vai continuar a apoiar os familiares quando o empresário e o jovem condutor regressarem à sua terra, indicando que os técnicos da área social e psicológica prestarão “o apoio possível e necessário nesta hora de tão grande sofrimento”.
A psicóloga da autarquia de Trancoso, Celina Pinto, disse à Lusa que o apoio aos familiares “pode ser importante” nesta fase e que irá continuar nos próximos dias.
“Pelo menos, informar os familiares das vítimas e envolvidos, que existem serviços para os munícipes, quando eles regressarem. Também deixar alguma orientação no sentido de que não controlamos tudo e que devemos, quando regressarem os envolvidos, não alimentar sentimentos de culpa, pelo contrário”, referiu.
A psicóloga disse que “as vítimas e os envolvidos estão hospitalizados e a ter o devido acompanhamento, tanto nos cuidados médicos como psiquiátricos também, mas quando regressarem é natural que esse acompanhamento tem que ser continuado”.
Celina Pinto reconheceu ainda que numa época festiva, como é a da Páscoa, “é sempre” complicado lidar com morte “na medida em que as famílias reúnem-se para festejar e para celebrar aspetos positivos, não propriamente para iniciar um processo de luto”.
Na aldeia de Palhais, com cerca de 200 habitantes, a notícia do acidente foi recebida com grande tristeza.

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