Travar o Mal
Quando estaríamos prestes a ultrapassar aquele que pensávamos ser o maior desafio dos últimos tempos, a Pandemia provocada pelo coronavírus, eis que surge a primeira página de um capítulo negro, tão desumano que julgaríamos longe da Humanidade. Guerra! – o Inferno a chegar-nos pelos meios de comunicação social, tão real, tão próximo, tão injusto. Abre-se, no mundo, um sentimento mútuo – empatia. O povo ucraniano foi invadido e é como se todos os povos o fossem também. Perde-se a Casa, muitas vezes o Lar, perde-se a Paz. Ganha-se o medo, multiplicam-se as fugas, à medida do fogo. Para trás ficam os sonhos, os que são impedidos de fugir e obrigados a lutar, os que resistem pela pátria. No caminho, são mortas famílias à queima-roupa, é bombardeado o Futuro.
Intensificam-se os ataques russos e explode a ajuda humanitária ao povo ucraniano, vinda de toda a parte. Sabemos que é insuficiente e incapaz de travar o Mal, porém é um apoio fundamental nesta Guerra que tenta apagar qualquer sinal de Bem.
Putin quer Poder, seja de que forma for, custe as vidas que custar. Quer uma terra que não lhe pertence e, sob o Mal que passeia, de tudo faz para o conseguir. Ordena ataques a escolas, a hospitais, a habitações, a tudo e a todos os que aparecem à frente, sejam crianças, idosos, homens, mulheres, animais ou objetos. Vale tudo o mesmo, a sua vontade.
Já percebemos que não há Ética nem Moral nesta pessoa, não há Humanismo nem Razão. Trata-se de um Louco que não se importa de acabar com o Mundo e é urgente o Mundo pará-lo.
Quantas mais vidas serão necessárias, quanta dor e quanto sofrimento mais serão precisos para se acionarem os meios eficazes para se travar a ação das tropas russas e cessar esta Guerra?
Aos que se tentam manter impávidos e serenos em relação a este ataque, justificando as ações de Putin como resultado de uma sequência de confrontação dos EUA, NATO e EU contra a Rússia e que, ao beberem o seu cálice de vinho à lareira, dizem que “o problema deve ser resolvido pela via negocial”, que experimentem colocar-se, por segundos, na pele dos pais que perdem o seu Filho de 18 meses devido a um bombardeamento, que transportam ao colo o seu corpo morto e sangrento a quem roubaram a Vida, ou na pele da mulher que vê, ao seu lado, o Marido morrer e o Filho ficar em estado muito grave por um ataque russo.
Digam-me como se dialoga quando se estão a matar pessoas inocentes deliberadamente?
Trave-se a ação de Putin e não se confunda Putin com o povo russo.
Glória à Ucrânia! Paz à Ucrânia!