Tribunal da Guarda condena a 16 anos de prisão mulher acusada de ter sujeitado a filha a abusos sexuais


O Tribunal da Guarda condenou na passada Sexta-feira uma mulher a 16 anos de prisão e a dez anos de inibição do poder paternal, por ter sujeitado a sua filha, de nove anos, a manter relações sexuais com um idoso, de 74 anos, a troco de dinheiro e de bens, numa localidade de Seia. O homem, sapateiro de profissão, viria a ser condenado a 15 anos de cadeia pelo crime de abuso sexual de menor.
Ambos estavam acusados de praticarem, em co-autoria, 170 crimes de abuso sexual de crianças agravado e crime de lenocínio. Tanto a mãe como o pedófilo foram detidos o ano passado pela Polícia Judiciária da Guarda, depois da criança ter denunciado os alegados abusos na instituição onde foi acolhida após ter sido retirada aos pais.
Desde meados de Janeiro e Outubro de 2014, a mãe levava a menor a casa do vizinho, na altura com 72, para que este tivesse actos sexuais com ela, oferecendo-lhe em troca bombons, chocolate e notas de 10 ou 20 euros. A menor entregava depois o dinheiro à mãe. Os actos repetiram-se durante cerca de um ano, em Loriga, Seia, num total de cerca de 170 vezes. Na passada Sexta-feira, o Tribunal da Guarda viria a condenar a arguida a 16 anos de prisão e o violador a 15 anos de prisão.
Este é o segundo caso do género que teve desfecho no espaço de poucos dias. Na semana anterior, o Tribunal da Guarda viria a condenar Fátima R., de 45 anos, e António E., de 58 anos, ambos naturais e residentes no concelho de Celorico da Beira, a 13 e 11 anos, respectivamente, pela prática, em co-autoria, dos crimes de abuso sexual de criança agravado e lenocínio. Como o TB refere na edição desta semana, além das penas de prisão, os dois arguidos foram ainda condenados ao pagamento de 15 mil euros à menor por danos morais.