ULS da Guarda preenche 25 das 41 vagas para médicos internos

Das 41 vagas que a Unidade Local de Saúde da Guarda tinha para receber recém-licenciados em Medicina no início do novo ano foram ocupadas 25. De acordo com os dados divulgados pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) para 13 dos candidatos a ULS da Guarda foi a primeira opção. Os internos têm de se apresentar nas instituições no dia 2 de Janeiro.
O concurso para a admissão dos recém-licenciados em Medicina ao Ano Comum deter-minou a colocação de 25 internos na Unidade Local de Saúde da Guarda. Havia um total de 41 vagas para a unidade de saúde do distrito. Dos 25 colocados houve 13 que escolheram a Guarda como primeira opção. Os restantes colocaram a ULS da Guarda noutras posições, sendo que cada candidato teria de fazer 25 escolhas. Os novos internos chegam à ULS da Guarda nos primeiros dias de Janeiro. Vão passar pelo menos um ano na instituição, o tempo que dura o Ano Comum, período que segue após a conclusão da licenciatura em Medicina. Depois terão de ingressar na especialidade, também através de um concurso, mas com uma duração de um período de três a seis anos.
Para o conjunto dos três hospitais da região havia 115 vagas para o Ano Comum. A ULS de Castelo Branco tinha 38 e no Centro Hospitalar da Cova da Beira havia 36 vagas. O concurso tinha 2414 vagas em todo o país, o maior número de sempre.
Para o presidente do Conselho de Administração da ULS da Guarda, Carlos Rodrigues, a abertura de mais vagas para os internos é positiva desde que haja uma limitação de lugares noutras zonas do país. O dirigente lembra a dificuldade em conseguir atrair jovens médicos «senão tiverem ligações à cidade». Carlos Rodrigues explica que uma das vantagens para os recém-licenciados escolherem o hospital da Guarda é que «eles podem desenvolver aqui a sua carreira mais facilmente» uma vez que em hospitais de maior dimensão serão «apenas mais um entre muitos».
O número é definido de acordo com o total de alunos de Medicina que acabam o curso em Portugal, mais os pedidos apresentados pelos estudantes que se formaram no estrangeiro.
Mas a Ordem dos Médicos já manifestou alguma preocupação pelo facto de haver um aumento de vagas porque avisa que os jovens não terão vaga para fazer a formação na especialidade daqui a um ano. E alerta também para o facto dos serviços estarem saturados de internos. O bastonário José Manuel Silva disse ao Diário de Notícias que não será possível aumentar o número de vagas na especialidade na mesma proporção. As vagas na especialidade são definidas pela Ordem dos Médicos que atesta a capacidade formativa dos serviços. «Haverá médicos que não poderão especializar-se como já aconteceu nos últimos dois anos», avisa o bastonário. O presidente da secção do Centro da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, diz que «muitos no final do Ano Comum vão ter de sair para o sector privado ou emigrar».