ULS da Guarda tinha em Julho o maior défice entre os hospitais da região e as ULS do país

A Unidade Local de Saúde da Guarda é entre as ULS do país foi a que registou maior défice nos primeiros sete meses do ano. De acordo com os últimos dados da monitorização do Serviço Nacional de Saúde, divulgados pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), o resultado operacional era de 10.661 milhões e o indicador financeiro EBITDA (resultado antes de juros, impostos, amortização e depreciação) somava menos dois milhões de euros (8.694). Os custos estavam fixados em 56. 951 milhões e os proveitos ficaram-se pelos 46.290 milhões. Nenhuma das ULS do país apresenta contas positivas. O resultado menos mau pertence à ULS do Nordeste Alentejano que regista um défice de apenas 714 mil euros.
Entre os hospitais da região também não há saldos positivos. O défice mais baixo é o registado pela ULS de Castelo Branco com 1.121 milhão de euros. O Centro Hospitalar da Cova da Beira tem um saldo negativo superior a 7 milhões de euros.
Entre as despesas da ULS da Guarda destaca-se o valor dos custos com pessoal que ultrapassa os 29 milhões. Os produtos farmacêuticos representam uma despesa de 5.400 milhões de euros e o material de consumo clínico 1.804 milhão. Os pagamentos em atraso aos fornecedores externos atingiam quase os 20 milhões de euros.
Este foi de resto um item que mereceu uma abordagem por parte da ACSS quando da divulgação dos resultados do SNS. A ACSS reconheceu que os pagamentos em atraso aumentaram, mas garantiu que a despesa está «controlada» nas aquisições de bens e serviços, assim como nos encargos com pessoal. Ressalva que «embora o stock dos pagamentos em atraso tenha aumentado, encontra-se muito longe dos máximos atingidos no passado». «A comparação homóloga encontra-se influenciada pelas sucessivas injeções extraordinárias de fundos realizadas no ano anterior, as quais atingiram ao longo do ano cerca de 403 milhões de euros», prossegue a ACSS. Aquela entidade sublinha ainda que «o défice do SNS em 2016 apresenta uma trajetória mensal de Janeiro a Julho que revela uma melhoria significativa na execução orçamental quando comparada com o ano anterior, permitindo prever como plausível o cumprimento das metas orçamentais fixadas para o corrente ano».
A ACSS considera que a despesa, que cresceu 2,8 por cento até Julho, em comparação com o período homólogo, está «controlada» nas aquisições de bens e serviços, bem como nos encargos com pessoal. Isto apesar de «ter sido necessário acomodar as reposições salariais, a reposição do período normal de trabalho das 35 horas semanais nos trabalhadores em funções públicas, a admissão de pessoal dos concursos concluídos em 2015 e a entrada dos internos do ano comum».

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