Unidade de Cirurgia de Ambulatório pode aumentar actividade cirúrgica

A Unidade de Cirurgia de Ambulatório do hospital da Guarda foi mudada para novas instalações. O serviço deixou de ter as valências dispersas por vários locais e passou a estar concentrada apenas num único local. A mudança melhorou as condições de trabalho dos profissionais, de atendimento dos utentes e deverá permitir operar mais doentes. A mudança deste serviço insere-se numa «estratégia» definida pelo Conselho de Administração que passa pela relocalização de alguns serviços nomeadamente no edifício 5.
Desde o ínicio da semana passada que a Unidade de Cirurgia de Ambulatório do hospital da Guarda funciona no pavilhão 5, edifício onde funcionavam as Urgências. O serviço passou a estar todo concentrado no piso onde funcionou a Cirurgia Mulheres. O espaço dispõe de quatro gabinetes de consulta e duas salas de recobro. Uma das salas, equipada com cadeirões articulados, está pronta para receber até 15 utentes. A segunda sala possui sete camas, onde os utentes poderão recuperar depois de serem submetidos a pequenas cirurgias. O serviço conta ainda com uma ferramenta informática que permite aos familiares acompanhar o percurso doente desde que entra no serviço até ter alta. Na sala de espera está colocado um monitor que informa se o doente ainda se encontra no bloco operatório, se já está no recobro ou se já teve alta. O sistema foi desenvolvido pelo serviço de informática da ULS.
O director clínico da ULS, Gil Barreiros, que na semana passada acompanhou os jornalistas numa visita às novas instalações da Unidade de Cirurgia de Ambulatório, realça a mais valia do novo espaço para «aumentar o rendimento» do serviço, esperando que seja possível diminuir as listas de espera. O médico realçou que as obras foram maioritamente feitas por pessoal da ULS e que é um serviço que «não envergonha ninguém». A coordenação da Unidade é da responsabilidade da anestesista Maria José Fagundes e a cirurgiã Liliana Cabral. O director clínico justifica que sendo um serviço que lida com todas as valências cirúrgicas foi entendido partilhar a coordenação por dois técnicos. A médica Maria José Fagundes considera que a mudança foi «um passo extremamente importante para melhorar as condições de trabalho e de prestação de cuidados». A anestesista destacou ainda a possibilidade de aumentar a actividade cirurgica em regime de ambulatório, objectivo que não era possível atingir até agora dada a falta de espaço para receber mais doentes. «Facilita o nosso trabalho. O serviço estava disperso e agora está mais próximo do bloco operatório».
A mudança da Unidade de Cirurgia de Ambulatório para novas instalações dá continuidade ao trabalho iniciado em Janeiro de 2010, altura em que foi criada aquela valência pelo médico Dias Costa. Dada a falta de espaço, a Unidade teve de ser repartida por três zonas distintas. A abertura daquela Unidade foi de encontro às medidas preconizadas pelo Ministério da Saúde para fomentar este tipo de cirurgias. Nos primeiros 11 meses do ano passado, a ULS da Guarda realizou 3 931 procedimentos cirúrgicos em ambulatório, de acordo com os últimos dados divulgados pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).
Reaproveitar o pavilhão 5
A mudança deste serviço é mais um passo na «estratégia» que o Conselho de Administração da ULS tem para reformular a localização dos serviços e tirar partido do edifício 5. A próxima valência a mudar para aquele edifício deverá ser a sala de Oncologia. «Para um espaço mais amplo e com maior conforto para os doentes», sustentou Carlos Rodrigues, presidente do Conselho de Administração. Recorde-se que um dos objectivos é mudar para este edifício os serviços do Departamento da Mulher e da Criança. Carlos Rodrigues anunciou que em breve será feito um balanço sobre as mudanças que têm sido feitas.
Elisabete Gonçalves
elisagoncalves.terrasdabeira@gmpress.pt